sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Fatos e Versões - 23-11-2012




r3 pedaços inteiros e importantes
Na distribuição das cadeiras do novo Legislativo existem três pequenos grupos que unidos, podem fazer muito. Refiro-me aos vereadores que por variadas razões, precisam ser tão próximos e leais um ao outro que devem caminhar em bloco, e com isso tornarem-se importante força política e de votos no plenário do Legislativo.
O primeiro e mais numeroso é o grupo formado pelos vereadores do PP, que inclui Leonardo Ciacci, Zacarias Piva e Racibe Faria. Os edis são do mesmo partido, possuem convicções e adversários políticos semelhantes. Além disso, possuem perfil parecido, ambos são de diálogo fácil e livre acesso com o grupo petista e da base governista, sendo uma força que pode ser neutra ou independente entre governo e oposição. Mas com interesses políticos próprios! O PP sempre teve muito voto e base sólida no Legislativo, principalmente pelo apoio do deputado federal Dimas Fabiano que pode dar importante e considerável suporte aos edis do PP bem como a outros como Reginaldo Tristão e Henrique Lemes, também amigos do parlamentar federal. Pode-se dizer que Leonardo Ciacci deve liderar o bloco pepista, tendo o advogado Zacarias Piva como “liderança a ser revelada e homem de ação das estratégias do partido na casa”.

3 pedaços inteiros e importantes (2)
O segundo “bloco distinto e com objetivos políticos próprios” é o PT, que possui dois vereadores: Rogério Bueno e Jorge do Hospital. Os petistas precisam fazer grande tarefa política no Legislativo, qual seja: Defender as administrações petistas e manter vivo o que restou de (boa) fama do governo petista para as eleições de 2014 e 2016. E mesmo sendo uma bancada pequena, com apenas dois vereadores, tendo em vista que provavelmente os demais vereadores eleitos pelas chapas que apoiaram Corujinha devem “aderir ao novo governo ou abandonar a fidelidade cega ao PT”, os dois vereadores petistas precisam fazer escolhas no plenário que sejam a “menos destrutiva aos planos petistas futuros”. Neste caso é bem provável que os vereadores do PP juntamente com o edil Reginaldo Tristão, tenham maior simpatia política dos petistas, por também não serem legitimamente da base aliada. Rogério Bueno deve liderar o bloco petista na Câmara, dando contorno e entendimento político das ações petistas na casa legislativa.

3 pedaços inteiros e importantes (3)
O terceiro bloco partidário é formado pelo PR, que possui dois vereadores, tendo a frente o edil Adilson Rosa, que além de vereador e presidente da legenda, será o “tutor político” do outro representante da legenda na Câmara. Adilson Rosa e Pé de Chumbo precisam ter sintonia e comando, o que não será difícil, pois Pé de Chumbo parece não querer “dar uma de sabichão e Adilson Rosa não aparenta ser antidemocrático”. Além disso, o bloco do PR tem uma grande vantagem política sobre os demais grupos anteriores, é da base governista, o que abre portas em muitos assuntos. Adilson Rosa tem aprendido rápido o jogo político local e no Legislativo. Por coragem enfrentou os antigos mandatários da legenda e assumiu o comando e presidência do PR, e por firmeza política manteve-se no apoio leal a candidatura de Antônio Silva. Precisa ser valorizado! Pé de Chumbo ganhou as eleições e a fama por sua história comovente de vida. Mas a simpatia do povo acaba rápido e o estreante edil precisa ficar longe de polêmicas legislativas, por isso deve seguir as orientações políticas do seu colega de partido e não terá maiores contratempos.

Mais um acerto
A Prefeitura de Varginha fechou no dia 10 de outubro o restaurante popular, logo depois das eleições, como havia dito a coluna. A desculpa do governo petista que enfrenta dificuldades para fechar as contas é de que o Restaurante Popular teria o funcionamento suspenso pelo período de 30 dias para a realização de manutenção de máquinas, equipamentos e estrutura física. Disseram que o procedimento é realizado anualmente para o cumprimento de normativas do Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional (Comsea). A coluna já sabia do fechamento do restaurante, e publicou a notícia primeiro!

OAB disputada
No próximo sábado acontece a disputada eleição da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Minas Gerais. Na mesma data, também acontecem as eleições para as subseções municipais no interior do estado. Os cerca de 60 mil advogados em Minas, que devem votar no pleito, vão definir os novos diretores e conselheiros do triênio 2013/2015. O voto é obrigatório. Cerca de 34 mil advogados que votarão no sábado são do interior de Minas. Varginha possui vários representantes na chapa favorita encabeçada pelo candidato a reeleição Luiz Cláudio Silva Chaves. Na chapa de Luiz Cláudio, figuram como candidatos a conselheiros os advogados Vicente Loredo, Gustavo Chalfun e Taciana Naia, além de outros advogados que devem participar do conselho de ética da instituição. O advogado Luis Fernando Valadão encabeça a chapa da oposição a Luiz Cláudio. Em Varginha a disputa pela subseção é liderada pelo advogado Ubirajara Franco Rodrigues, que conta com o apoio dos atuais conselhos estaduais da OAB, Vicente Loredo e Taciana Naia, além do atual presidente da OAB Varginha, Gustavo Chalfun. Vale destacar que, nos bastidores, existe a expectativa de que a subseção da Ordem em Varginha seja ainda mais prestigiada, caso Luiz Cláudio seja vitorioso na eleição do próximo sábado. Além de recursos para obras e investimentos, é possível que advogados de Varginha sejam aproveitados para atuar em BH, na gestão da instituição junto com a nova diretoria.

O trânsito não pode parar!
O Judiciário, atendendo a pedido do Ministério Público, suspendeu as obras de reformulação do trânsito na cidade e também o repasse de recursos do município para a empresa que iria executar o serviço. A suspeita é de que a licitação feita pela prefeitura beneficiou a empresa Sinales, que tem sede no Espírito Santo. A obra começou em junho deste ano e está orçada em pouco mais de R$ 1 milhão. O trabalho pretendia desafogar o trânsito nas principais avenidas da cidade. O MP acredita que há irregularidades no processo, depois de investigações apontarem que a planilha de custos apresentada pela prefeitura na licitação estaria com suspeita de superfaturamento. Entre os quase 100 itens que constam na planilha de custos, dois chamaram atenção do MP. Pelos cálculos do município, uma lâmpada de led custaria cerca de R$ 1.180, mas pela cotação de mercado do Ministério Público, o mesmo produto pode ser encontrado por R$ 300. Ainda de acordo com a planilha sugerida, uma Central de Controle de Tráfego custaria R$ 286 mil, mas na cotação do Ministério Público, o valor encontrado foi de R$ 180 mil.
O procurador do município, Pedro César da Silva, nega o favorecimento da empresa no processo licitatório. Se as suspeitas de irregularidades forem confirmadas, todo dinheiro gasto na obra até agora, cerca de R$ 200 mil, terão que ser devolvidos aos cofres públicos e os responsáveis podem responder criminalmente.
A coluna falou com o secretário municipal de Administração, Guilherme Maia, que informou que o Executivo já tomou providências jurídicas quanto ao caso, respondendo os questionamentos, porém o Judiciário ainda não deu uma resposta definitiva quanto ao caso. O secretário não acredita que as obras retornem ainda este ano.  Nesta semana os trabalhadores de uma empresa particular que estão realizando obras com a instalação de cabos nas avenidas Major Venâncio e Francisco Navarra, foram confundidos com os trabalhadores da empresa de trânsito contratada pela prefeitura, porém este trabalho que está sendo realizado refere-se a instalação de cabos de fibra ótica e não tem relação com as obras do trânsito local.

Eleições 2014: Fatura a descontar
No encontro de novos prefeitos, vices e vereadores eleitos pelo PMDB mineiro, que reuniu caciques da legenda, o deputado federal Leonardo Quintão (PMDB) foi convidado pelo presidente do PMDB, Valdir Raupp (RO), para compor a Executiva nacional do PMDB. O convite foi feito no momento em que o presidente estadual da legenda, deputado federal Antônio Andrade, tem seu nome negociado para o Ministério da Agricultura. Na noite de segunda-feira, as alas do PMDB selaram o acordo em torno da reeleição de Antônio Andrade na presidência da legenda. Com a ida de Quintão para a executiva nacional, abre-se a vaga de vice-presidente da executiva estadual, que será ocupada por um nome aliado de Antônio Andrade.
Já a secretaria-geral da legenda em Minas ficará sob a responsabilidade do deputado estadual Sávio Souza Cruz (PMDB). Adalclever Lopes assume, assim, a liderança da bancada do partido na Assembléia Legislativa e passará a ter vaga na executiva estadual.
A tesouraria estadual do PMDB permanece com Célio Mazoni, ligado à atual direção, e a secretaria-adjunta será indicada por Mauro Lopes. O prefeito de Vespasiano, Carlos Murta (PMDB), também pode ocupar uma vaga.
Além de um ministério, do qual o PMDB não abre mão, a legenda também pressiona o governo Dilma para garantir vagas no segundo escalão do governo federal em Minas. Segundo o senador Clésio Andrade (PMDB), está sendo aguardada uma indicação para o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT). As mudanças são esperadas para janeiro ou fevereiro, além de manter os cargos na Casemg e Ceasa Minas. Ainda de acordo com ele, outros oito cargos que haviam sido prometidos aos deputados federais do PMDB estão na lista de reivindicações da legenda.

Perguntar não ofende
Com a posse em janeiro, será que vai existir prato para alimentar tantas bocas interessadas?

Com um governo municipal “favorável” em 2013, será que a COHAB/MG vai manter seu interesse de construir duas mil casas em Varginha?

Pavimentações, coleta de lixo, merenda escolar e consultorias: Será que o novo governo vai abrir esse “quarteto das malas pretas” ?

Já viram o mais novo dossiê sobre os políticos “fichas sujas e os fichas lavadas” de Varginha?

Correndo atrás e informando
O deputado federal Dimas Fabiano (PP/MG), postou em seu Facebook informações sobre o prazo para apresentação e a destinação das emendas ao orçamento federal. Disse o parlamentar de Varginha, “Começou na última quarta (21/11) o prazo para apresentação das emendas ao Orçamento de 2013. Cada parlamentar pode apresentar até 25 emendas no valor total de R$ 15 milhões. As emendas individuais são destinadas a pequenos investimentos e custeios nas bases eleitorais dos parlamentares, como construção de quadras esportivas, compras de ônibus escolares e ampliação de prontos-socorros”.
As bancadas estaduais podem apresentar entre 18 e 23 emendas - dependendo do total de parlamentares em cada uma -, e as comissões permanentes, quatro cada uma. Diferentemente das emendas individuais, as de comissão e de bancadas estaduais não têm limite de valor. O prazo para apresentação das emendas encerra-se no dia 29. Vale destacar que o deputado federal Dimas Fabiano é autor de diversas emendas estaduais (quando foi deputado estadual) e federais destinando verbas para Varginha e região. Emendas estas que foram espertamente “adotadas” por outros políticos que perambulam pela cidade em períodos eleitorais.
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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Fatos e Versões 21-11-2012



Encontros e desencontros

O PMDB mineiro reuniu ontem em BH os seus prefeitos, vices e vereadores eleitos num encontro em um hotel 5 estrelas da Capital. Oficialmente, um encontro de novos e antigos peemedebistas para troca de ideias. Na prática, um evento para reforçar o presidente estadual do partido, Antônio Andrade, em campanha aberta para se reeleger no cargo em dezembro. Outros deputados estão interessados no posto de presidente do partido. Mas um acordo para a união da legenda não está descartado até a convenção que acontece em breve.


O bicho é grande, quase mega

O jogo do bicho é a segunda modalidade de jogo com maior faturamento e número de apostadores no país, atrás apenas da Mega-Sena. Em 12 meses, entre maio de 2008 e maio de 2009, o bicho movimentou pelo menos R$ 571 milhões, (o valor corrigido em 2012 seria de R$ 697 milhões) desembolsados por 1,1 milhão de pessoas. A estimativa faz parte da última Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), o mais detalhado levantamento do IBGE sobre hábitos de consumo dos brasileiros.
Em termos de faturamento, os bingos, outra modalidade ilegal, ficaram em terceiro, com R$ 336 milhões no mesmo período. Máquinas do tipo caça-níqueis e brigas de galos, igualmente proibidas pela lei, também foram citadas, ao lado de jogos de cartas, corridas de cavalo, rifas e loterias federais e estaduais. A pesquisa do IBGE incluiu entrevistas em 55 mil domicílios de todo o país.
 O bicho está pegando, cada vez mais...
A partir das informações prestadas pelos brasileiros, o instituto estimou em R$ 4,2 bilhões o montante gasto em apostas no país, envolvendo 9,7 milhões de apostadores (5% da população).
O próprio IBGE admite, porém, que o resultado é subestimado, dado o formato da pesquisa, que desconsidera despesas de turistas e não residentes, além de depender da memória e da disposição dos entrevistados de responder às perguntas. Evidência disso é que só o faturamento com loterias da Caixa Econômica Federal totalizou R$ 5,7 bilhões, em 2008, e R$ 7,3 bilhões, em 2009. Acima, portanto, dos R$ 4,2 bilhões estimados pela POF na mesma época.
"Os resultados nunca vão bater", disse o gerente da POF, Edilson Nascimento, chamando a atenção para a metodologia da pesquisa, que registra as despesas com jogos relatadas pelos entrevistados no intervalo de sete dias.
 O bicho está pagando, cada vez mais...
Ainda segundo a pesquisa do IBGE, o jogo do bicho responde por 14% dos gastos dos brasileiros com apostas. Esse percentual sobe para 22,5% se forem somadas despesas com bingos. Diferentemente das loterias oficiais, o jogo do bicho não paga imposto nem destina parte do dinheiro para programas esportivos, de assistência social e educacionais.
A exemplo do resto do país, em Varginha existe um forte esquema do jogo do bicho. Invisível aos olhos das polícias, ministério público, judiciário etc, mas bem visível à população que sabe onde e com quem apostar, muitas pessoas arriscam todos os dias na prática da contravenção em Varginha. A coluna ouviu pessoas ligadas ao jogo do bicho, além de “outras fontes conhecedoras do assunto” e ficou chocada com as informações obtidas. Sabe-se que mesmo em Varginha, que possui e coordena muitas “bocas do bicho” na cidade e na região, as movimentações financeiras são astronômicas e não é somente o bicheiro e seus “auxiliares” que rateiam os lucros. As informações passadas em sigilo à coluna apontam que grande parte dos recursos do bicho na cidade são utilizados para o pagamento de autoridades para fazerem “vista grossa” do crime, que vem crescendo em Varginha. As informações apontam ainda que, até mesmo candidatos das eleições de 2012, foram beneficiados com recursos oriundos do bicho. A realidade das informações é de tal constatação que há anos não se ouve falar em apreensões ou “incômodo” das autoridades ao trabalho vigoroso e rentável dos bicheiros em Varginha e região. E pelo visto e a julgar pelo “tamanho do regalo” dito à coluna, o Jogo do Bicho não será incomodado tão cedo na região. 
 A mudança do Boa
Num ato extraoficial, o prefeito eleito Antônio Silva, o vice-prefeito eleito Vérdi Lúcio Melo e 14 dos 15 vereadores eleitos participaram de reunião de 2 horas com a diretoria do Boa Esporte. (Apenas o vereador Jorge do Hospital não estava presente). Na reunião  ficou acertada a permanência do Boa por mais 4 anos em Varginha.
Corria o boato de que o time permaneceria apenas mais dois anos, talvez em função do estádio do Ituiutaba ainda estar em fase inicial de construção e Varginha ter as condições ideais e logísticas para a equipe continuar na cidade.
O prefeito eleito Antônio Silva teria se comprometido a fazer um acordo com o clube semelhante ao que a atual administração petista realizou, para continuar com o Boa na cidade. Entre as exigências que serão dadas pela prefeitura ao clube, está o uso do estádio, do campo de treinamento, manutenção do gramado, as contas de água e luz que serão patrocinadas pela prefeitura além de disponibilização de um médico, de um fisioterapeuta, inerentes à profissão de jogador.
Porém não foi “só cobrança de um lado e arreamento de calças do outro”. Foi lembrado na reunião que a logomarca do clube ser uma estrela vermelha e o mascote do time ser uma coruja trazia “muito incômodo” ao novo governo e que precisava ser “revisto”.
Ninguém lembrou de dizer que o médico colocado a disposição do time pode fazer falta ao já defasado quadro de médicos das policlínicas e da UPA. Também não disseram que os valores gastos com água e energia para o Melão podem fazer falta, como de fato fazem, para pagar as contas de telefone e suprimentos básicos ao andamento do Executivo, como toner de impressora e material de papelaria, que aliás estava em falta no Executivo, dias atrás. Sem dizer que, em Ituiutaba, cidade natal do Boa, é certa a volta do time nos próximos anos. Afinal, na cidade do triângulo mineiro o Boa está fazendo o maior de seus investimentos, que é a construção de um grande estádio e centro de treinamentos. O time estaria fazendo estes grandes investimentos só para perder dinheiro e deixar de “lembrança” para Ituiutaba ou o novo governo acredita mesmo em duendes e papai Noel?
 Um Pimentel no caminho do trem e dos pedidos
O senador Clésio Andrade cobrou do Ministro dos Transportes, Paulo Passos, a reativação da Ferrovia Varginha – Santos, como forma de melhorar o escoamento da produção até o porto do litoral paulista.
O político mineiro lembra também que o transporte ferroviário reduz os custos logísticos, o que eleva a competitividade do produto nacional. A demanda, encaminhada ao ministro, consta no Fortalecimento de Minas, documento organizado para enumerar as principais demandas regionais do estado.
O senador mineiro tem feito grande esforço para “arrancar um recurso ou cargo no governo a favor de Minas, mas, sobretudo, para fortalecer a sua base de apoio e amigos e sua possível candidatura a governador”. O Senador só esqueceu de combinar isso com o ministro petista da Indústria e Comércio Fernando Pimentel, o mineiro também é candidatíssimo a governador em 2014.
 Transição de governo
O reitor Stéfano Barra Gazzola é quem vai coordenar a equipe de nove pessoas da equipe de transição do novo governo. Os trabalhos já começaram e muita boataria vem chegando as “centrais de fofocas”. Entre as funções do grupo, estão a de analisar os contratos e obras em andamento, serviços terceirizados e processos licitatórios. Sabe-se que existe “atenção especial para as contas atrasadas com fornecedores, e com os recursos federais que ainda estão por chegar ao caixa.
O primeiro encontro com a atual administração foi realizado no gabinete do prefeito Eduardo Corujinha. O procurador Paulo César da Silva, o secretário de fazenda, Bertonlúcio Mendonça e o secretário de administração, Guilherme Tadeu, também participaram na reunião com a equipe de transição. Os primeiros encontros entre o governo que sai e o que entra foram cercados de muito “respeito falso e rivalidade verdadeira”, que tem se acentuado a cada dia. Nos bastidores comenta-se que o novo governo não deseja “colocar a faca no pescoço” do prefeito petista, que acreditam ser uma pessoa honesta, mas sabem que precisam identificar todos os “esqueletos guardados no armário e expor as vísceras e chagas da administração que acaba” sob pena dos petistas voltarem com tudo em 2014 e 2016, pintando outra realidade. E um dos “cardeais do novo governo” confidenciou a coluna que, “alguém do atual governo ir pra cadeia é um risco que se corre, para assegurar que a verdade seja mostrada”. Será que a coisa está mesmo feia assim?
A equipe de transição não tem um prazo para concluir os trabalhos. O prefeito eleito, Antônio Silva, ainda está definindo os nomes que vão compor o secretariado em 2013. Traduzindo em miúdos, estão vendo onde melhor colocar Joadylson, Honorinho, Crepaldi, Berenice e cia Ltda.

Procurados
Entre os homens mais procurados de Varginha está o secretário municipal da Fazenda, Bertonlúcio Mendonça, que cuida entre outras coisas da arrecadação e pagamentos no governo que se encerra em 31 de dezembro. Não são raras as lamúrias e descontentamentos entre aqueles que têm o que receber do governo municipal. Aliás, são muitos e nervosos os que possuem notas a receber. De mesmo modo, os atentos “espias da transição” estão de olho em tudo que possa interessar ao novo governo, e pode crer que assuntos da secretaria municipal da fazenda interessam muito ao novo chefe do Executivo municipal.
Outros “procurados” na cidade são o prefeito eleito Antônio Silva, o vice-eleito Verdi Melo e o deputado estadual Dilzon Melo, e as razões são as mesmas: cargos. Sabe-se que o “rateio de poder” vai ocorrer principalmente entre este grupo, tendo uma ou outra área de influência entre um aliado ou partido da base.
Embora Antônio Silva não deseje “ressuscitar” toda a sua velha equipe, é certo que a base de seu grupo terá nomes como Berenice Tupi Tavares, Luiz Fernando Alfredo e Edson Crepaldi, nomes conhecidos nas administrações de Antônio Silva. Já Verdi Melo começa a montar sua pequena equipe de apoio político direto, que não serão muitos, mas precisam ser bons. Entre os nomes de Dilzon Melo, estão pessoas de confiança de Stéfano Barra Gazola e Jéfferson Melo, a dupla técnica vencedora do PTB municipal. 

Perguntar não ofende
Num Legislativo comandado pelo PP de Dimas Fabiano e um Executivo eleito sob o “guarda chuvas político” de Dilzon Melo, onde se abrigará o PT de Geisa Teixeira?

Enquanto um guarda e arquiva as promessas de eleição o outro filma e documenta o estado das policlínicas, escolas e das dívidas públicas? Será que a eleição de 2014 já começou?
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Fatos e Versões 14-11-2012



Prego no angu
O sufoco da reeleição de Obama nos EUA, considerado bom presidente e tido como imbatível no início da disputa, serve de advertência aos que dão como certa a vitória de Dilma Roussef ou do candidato ao governo do Estado apoiado por Aécio Neves em 2014. Em dois anos a popularidade política pode desabar diante de revés econômico. E no ambiente de instabilidade e crise crônica em que se move hoje o mundo, nenhum político eleito está firme no cargo.
 Gatunagem escolada
Mesmo com o rigor inédito aplicado pelo STF aos mensaleiros, os comentários sobre enriquecimento ilícito de ex-prefeitos e deputados correm à solta nos bastidores, com intensidade até maior que nas eleições passadas. As aparências são de que a corrupção continua avançando no país. Ou seja, o julgamento do mensalão não está inibindo crimes contra o erário; no máximo está deixando a turma mais alerta, cuidadosa - e dando mais serviço a especialistas em tirar proveito de brechas da lei.
 Nova configuração política
A Coluna continua a análise sobre a nova configuração do tabuleiro político regional, principalmente entre os deputados estaduais e federais e aqueles nomes que estarão na disputa nas eleições de 2014, que tiveram as eleições deste ano como “prévias do que há por vir”.
 Senador Clésio Andrade (PMDB)
O senador Clésio Andrade teve duas grandes derrotas políticas na região, perdeu em Varginha e Três Corações, dois importantes redutos eleitorais seus e de seu sobrinho, o deputado federal Diego Andrade (PSD). Embora os candidatos do senador tenham perdido as eleições em Varginha e Três Corações, isso não significa que o parlamentar não terá como aproximar ou atuar na gestão de Antônio Silva, pelo contrário, é bem possível que a essa altura, tanto Clésio Andrade como Diego Andrade, já tenham construído pontes políticas, via Dilzon Melo, com o novo prefeito de Varginha, que certamente precisará de apoio político federal para conseguir recursos do governo Dilma Roussef (PT).
Porém Clésio Andrade perdeu o prefeito de Varginha para apoiá-lo como candidato a reeleição como senador ou a governador, uma vez que “em tese” Antônio Silva, deve apoiar o projeto do PSDB estadual em 2014, apoiando Aécio Neves, Anastasia e seu grupo político, que hoje são adversários de Clésio Andrade e do PT. Além das derrotas na região, o senador Clésio Andrade ainda possui outros muitos problemas a resolver como a disputa de poder que acontece no seu partido o PMDB, que precisa estar unido para montar chapa com o PT em 2014, quando Clésio espera ter o apoio do PT para se candidatar a senador ou para governador. Nos dias atuais, o que se configura é uma candidatura tendo o PT do ministro Fernando Pimentel como candidato a governador e o PMDB de Clésio como vice ou a senador. Porém ainda há muita água para correr até a definição de 2014, mas Clésio precisa sem demora unificar sua legenda em Minas e entender-se com o PT, que não tem visto com bons olhos, nem vem sendo fiel as dobradinhas com os peemedebistas.
Clésio Andrade é um grande empresário, pragmático, que embora não tenha muita experiência como candidato direto (até aqui só ocupando vices ou suplências) torna-se um candidato atraente por possuir boa equipe técnica, muito recurso e bom relacionamento no governo federal. Clésio Andrade é presidente da Confederação Nacional dos Transportes. Mas ainda falta a Clésio a “intimidade” com as lideranças interioranas, principalmente de seu partido em Minas, para que seu nome se torne mais forte e competitivo, do contrário, não terá o apoio do PT e viabilidade política para as eleições de 2014, quando vai enfrentar o grupo de seu principal “atual inimigo político” que é o senador Aécio Neves.
Deputado Federal Eros Biondini (PTB)
O deputado federal Eros Biondini teve grande votação em Varginha para um deputado com pouca atuação política na cidade. Eros trabalhou em questões específicas na cidade como o apoio a Abraço e o apoio a dois amigos diferentes: o vereador Armando Fortunato e o deputado estadual Dilzon Melo. Porém a força eleitoral de Eros Biondini em Varginha deve-se, sobretudo a Igreja Católica onde é um “líder político”, sendo apoiado pela Igreja e pela TV Rede Vida, importante canal de TV dos católicos. Eros Biondini, após acerto com o governo estadual que contou com a chancela do deputado Dilzon Melo, foi nomeado secretário de Estado, o que vai permitir maior apoio do parlamentar a suas bases. Em Varginha, o governo Antônio Silva sai ganhando com a nomeação de Eros, que apoiou o prefeito eleito desde o início da campanha, que também contou com Armando Fortunato e Dilzon Melo, amigos do novo secretário.
Por certo, Antônio Silva vai “fazer bom uso do companheiro deputado que virou secretário de Estado” para angariar recursos para Varginha e deve assegurar “um bocado de votos” para Eros em 2014, mas não é certo que o prefeito eleito terá apenas Eros Biondini como federal em 2014. O deputado/secretário sabe que não poderá esperar muito de Varginha se não criar uma “estrutura própria na cidade”, independente de Dilzon Melo e Antônio Silva. Para isso é bem provável que Eros Biondini recorra a parceria do amigo Armando Fortunato, nome em que aposta para as próximas eleições municipais, mas que ainda terá muito caminho a percorrer.
O deputado Eros Biondini vai procurar manter o apoio da Igreja Católica em Varginha, bem como fortificar seus laços com o novo governo para conseguir o maior apoio em 2014, além de manter, mesmo que fragilmente, a dobradinha com Dilzon Melo na cidade, mas a “aposta pro futuro em Varginha” Eros acredita ser com o vereador Armando Fortunato, que anseia maiores espaços políticos a partir de 2014, quando espera assumir a presidência da Câmara de Varginha.
 Acerto da coluna
A aposta da coluna, bem antes das eleições municipais, ainda quando as chapas majoritárias e proporcionais das eleições 2012 estavam se formando, parece que vai se concretizar. A coluna tinha dito que, com a desistência de Leonardo Ciacci da disputa de prefeito em favor de Renato Paiva e com o lançamento do Democrata a prefeito e a chapa robusta de candidatos a vereador do PP, o Partido Progressista faria o novo presidente da Câmara em 2013 e que este nome possivelmente seria Leonardo Ciacci. Pelas últimas notícias que chegam a respeito de um acordo fechado entre oito dos 15 vereadores eleitos, Leonardo Ciacci será mesmo o novo presidente do Legislativo.
Sondados pela coluna, líderes do grupo político do PP/DEM e PTB/PSDB dizem que o acordo para a eleição de Ciacci está fechado e possui o aval do novo governo e do deputado federal Dimas Fabiano. Pelo visto, o novo governo começa as negociações políticas sabiamente, não comprando brigas com o grupo do PP/DEM liderado pelo deputado federal. O PP foi o partido que fez o maior número de vereadores: 3 eleitos. O partido vai aguardar o início do governo para saber como se comportar nas votações, já avisou que pode “conviver pacificamente com o governo Antônio Silva, deixando os estranhamentos políticos apenas para as eleições de 2014, quando o grupo de Dimas/Renato Paiva pretende acertar as contas com o grupo de Dilzon/Toninho”.
 Acordos e acertos
Se prosperar o acordo entre vereadores, dado como certo entre oito dos quinze eleitos para a Câmara Municipal, Leonardo Ciacci será o novo presidente, tendo Armando Fortunato como vice e Reginaldo Tristão como secretário. O fechamento deste bloco em torno da eleição de Ciacci mostra a união do grupo político criado para dar respaldo político à candidatura de Renato Paiva. Mostra que este grupo político vai persistir, pelo menos até as eleições de 2014, quando o “padrinho do grupo” deputado Dimas Fabiano (PP) vai disputar a reeleição. Unidos, PP/DEM/PV/PPS/PSC são mais que importantes para o novo governo, a união destas siglas garante proteção a seus líderes e palavra final em muitos assuntos políticos locais.
 Reforço de caixa
Por falar no deputado federal Dimas Fabiano (PP), a coluna soube dos números referentes à nova regra votada na Câmara Federal sobre os royalties do petróleo. O deputado Dimas Fabiano votou a favor da distribuição dos valores de forma mais justa entre todos os estados e municípios do Brasil, quebrando a “caixa preta” apenas entre municípios e estados produtores de petróleo. Para se ter uma ideia, em 2011 Varginha recebeu, pela regra atual de distribuição dos royalties de petróleo, a quantia de R$ 431.882,00 Nada mal para uma cidade que está a centenas de quilômetros de qualquer poço de petróleo, porém a conta feita no Congresso Nacional e defendida por Dimas Fabiano e a maioria das bancadas dos estados é a de que, Varginha, bem como as outras milhares de cidades pelo interior do Brasil também são “donas do petróleo” existente no litoral brasileiro. Desta forma, foi votada e aprovada a nova regra de distribuição dos recursos desta riqueza natural brasileira e não apenas carioca, capixaba e paulista, que seguiu para aprovação da presidente Dilma Roussef (PT). Se aprovada como foi enviada para Dilma, a nova regra vai garantir para Varginha, já a partir de 2013, a quantia de R$ 2.657.011,00 aos caixas municipais. Um aumento de R$ 2.225.129 a mais na receita anual. Com certeza uma grana que faz “saltar os olhos” de qualquer administrador municipal. A cidade de Três Pontas, por exemplo, que no ano passado recebeu cerca de 280 mil reais dos royalties de petróleo, pela nova regra receberá pouco mais de hum milhão e setecentos mil reais. Já a também vista Três Corações que em 2011 recebeu pouco mais de R$ 330 mil, pela nova regra passaria a receber em 2013 a quantia de R$ 2.031.832,00, está explicado por que o Congresso Nacional estava tão eufórico para votar a matéria. Dois deputados federais ouvidos pela coluna, um inclusive do PT, disseram que dificilmente o Congresso vai abrir mão de uma distribuição mais igualitária deste recurso, entre os demais municípios do Brasil. Até mesmo uma derrubada de um eventual veto da presidente Dilma não é descartado pelos congressistas.
 Perguntar não ofende
Quem já viu a relação de doadores das campanhas eleitorais dos vencedores do pleito de 2012? Os principais doadores são clientes e interessados “umbilicais” nos rumos do Poder municipal.
 Quem já leu e arquivou para cobrar depois, o plano de governo apresentado pelo governo eleito e protocolado na Justiça Eleitoral, antes do resultado das urnas? Aliás, entre as promessas do prefeito eleito está o asfaltamento das principais estradas rurais e a compra do Cine Rio Branco!
 Onde estão os barulhentos petistas que povoavam o calçadão aos sábados e os bares nos finais de semana?
 Os nomes indicados para a equipe de transição podem mostrar qual será a “proporção de nomeações” entre o deputado, o prefeito e o vice?

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Fatos e Versões 09-11-2012



Nova configuração do tabuleiro político entre os deputados da região
A Coluna continua a análise sobre a nova configuração do tabuleiro político regional, principalmente entre os deputados estaduais e federais e aqueles nomes que estarão na disputa nas eleições de 2014, que tiveram as eleições deste ano como “prévias do que há por vir”.
 Dilzon Melo (PTB/MG)
O deputado estadual Dilzon Melo (PTB) foi o grande vencedor político destas eleições municipais. Pois além de “fazer o prefeito eleito” ainda colocou e projetou politicamente “homens da sua confiança, (seu filho Jefferson Melo e Stéfano Gazola) como os assessores diretos do eleito e responsáveis em partes pela estratégia da vitória”. Além disso, derrotou seus inimigos políticos diretos, leia-se o PT de Corujinha e enfraqueceu a candidatura a deputada de Geisa Teixeira em 2014. Dilzon Melo ainda saiu da dobradinha com o deputado federal Dimas Fabiano (PP), associando-se nesta eleição ao deputado federal Eros Biondini (PTB) e aproximando-se de outro forte e endinheirado deputado federal Diego Andrade (PSD), dando um upgrade em sua imagem na cidade e garantindo em tese o “total e irrestrito apoio e lealdade do prefeito eleito a sua reeleição de deputado em 2014”. O experiente Dilzon ainda “entregou a tarefa, prometida a Aécio Neves, de retirar o PT da Prefeitura em Varginha, e vai cobrar caro do senador tucano por isso”. De quebra Dilzon Melo se fortaleceu politicamente para chegar à presidência da Assembleia Legislativa de Minas, pois já fez chegar ao Governo estadual que “vai querer mais poder e apoio para assegurar o empenho do futuro governo municipal aos planos do governador em 2014”. Resumindo, se “Antônio Silva for grato e Dilzon souber dar ordens sem magoar nem melindrar os vencedores eleitorais de 2012” o deputado estadual do PTB só tem a comemorar nos anos vindouros.
Vale destacar que Dilzon Melo ainda conseguiu, nestas eleições municipais, trazer ao destaque no mundo político a existência e eficiência de seu filho Jefferson Melo e do reitor Stéfano Barra Gazola, que ainda não eram reconhecidos como bons estrategistas políticos, mas que depois desta vitória municipal, foram alçados para principais “candidatos a herdeiros políticos de Dilzon”, e já são sondados como prováveis candidatos no futuro próximo. Mas nem tudo são flores para Dilzon. Ainda falta combinar a “parte da fidelidade, lealdade e gratidão eleitoral com Antônio Silva e Verdi para as próximas eleições” quando Dilzon é quem precisará de apoio e votos. Além disso, falta “ajustar bem sua provável dobradinha com Diego Andrade (PSD) para as próximas eleições”, pois Dilzon precisará de apoio político e financeiro para a campanha em Varginha. Afinal, não terá recursos ou apoio antes vindos da parceria com o deputado federal Dimas Fabiano, pelo contrário. Depois da ruptura política com Dimas, o deputado federal vai buscar mais que votos nas próximas eleições em Varginha, vai querer “azedar os votos e a imagem do petebista” com quem fez dobradinha, mas nunca foi amigo ou teve confiança. Para Dilzon Melo, “acostumado a desdenhar, romper e chutar grandes e pequenos” Dimas Fabiano será mais um no extenso rol dos “desafetos a tomar cuidado”.
 Dimas Fabiano(PP/MG)
O deputado federal Dimas Fabiano mostrou, mais uma vez nesta eleição, com o lançamento da candidatura de Renato Paiva (DEM), que “faz acontecer e valer sua vontade”. O deputado federal perdeu sua aposta em Renato, mas mostrou que não se intimida com disputas, pois rompeu com o deputado estadual Dilzon Melo e seu grupo, para lançar Renato aos “45 do segundo tempo”, mesmo sem o apoio do governo do Estado. Ainda assim Dimas reuniu grande estrutura e votos em torno da candidatura do Democrata, além de manter e reafirmar seu grupo político em Varginha. “Dimas Fabiano não perdeu com a vitória de Antônio Silva, mas deixou de ganhar com a derrota de Renato Paiva”. Trocando em miúdos, Antônio Silva pode não apoiar Dimas, mas não fechará a cidade para o pepista, como faziam os petistas. Porém a derrota de Renato Paiva desencorajou importantes “pilares” entre os que apoiam o deputado federal. Como disse a coluna, o deputado federal Dimas Fabiano esta “reformulando sua equipe no Sul de Minas”. Dimas sabe que vai “brigar com grandes e fortes nas próximas eleições”, principalmente em Varginha, onde terá Diego Andrade, Odair Cunha e Eros Biondini. Todos adversários com “poder de bala e grupo político constituído na cidade”. Dimas sabe disso, vislumbrou este cenário lá atrás quando lutou e bancou politicamente a candidatura de Renato Paiva e agora defende a presidência da Câmara para Leonardo Ciacci, que se reelegeu vereador com boa votação. O deputado sabe que precisa se preparar para as próximas eleições e tem condições de reunir um bom grupo, pois tem prestigio e recursos disponíveis. Precisa formar seu par local para uma dobradinha em 2014, este nome ainda é desconhecido. O problema maior é identificar “onde formar equipe ou em qual aquário eleitoral deve roubar aliados”. Os “Dieguistas trabalham a peso de ouro”, os “Odairzistas são muito idealistas e radicais”, os “Biondinizistas são poucos e ainda despreparados para o covarde e disputado cenário político de Varginha” e a formação de “equipe qualificada leva tempo”, por isso o deputado Dimas começou as eleições de 2014, agora mesmo em 2012. Dimas lançou mão de “algumas alternativas e um laboratório para testar e treinar aqueles que estarão na frente de batalha” nas eleições de 2014.
A eleição de Antônio Silva indifere no trabalho de Dimas Fabiano em Varginha, pois o deputado possui bom trânsito com o governo eleito. Mas Dimas não vai se esquecer daqueles que traíram sua confiança nestas eleições. Nos bastidores da política sabe-se que o deputado não busca “vingança ou caça as bruxas”, mas até mesmo entre Dilzon Melo, Diego Andrade e outros grandes, sabe-se que: “não importa quem esteja no poder, o que importa é que este alguém no poder será sempre grato ou respeitoso com o grupo político de Dimas, que sabe muito sobre poucas e poderosas pessoas”. Vale ressaltar que Dimas Fabiano possui “vínculos especiais” com Varginha, pois aqui se formou em Direito pela Fadiva, conheceu sua esposa e se casou. Varginha é o domicílio eleitoral de Dimas Fabiano e onde também possui residência e está aos finais de semana para visitar suas bases.
 Odair Cunha (PT/MG)
O deputado federal petista foi o parlamentar que mais perdeu espaço político nestas eleições. Porém é o parlamentar que terá menor dificuldade para manter seu grupo político, pois sem a prefeitura em mãos petistas, terá fartura de “mão de obra” e liderança sobre a legenda para preparar seu grupo e articular as eleições 2014 no PT municipal, que apoiará maciçamente o petista. Odair Cunha ainda terá o nome certo de Geisa Teixeira para a dobradinha de 2014, quando o deputado espera ser o federal majoritário de Varginha. A tarefa não será fácil, nem barata, mesmo porque Odair Cunha disputará com outros federais que “tem de onde tirar”.
No caso de Odair, sua base eleitoral em Varginha já está formada e “azeitada” para 2014, pois seu grupo político local tendo a frente principalmente Geisa Teixeira e Rogério Bueno já trabalham na manutenção do grupo político petista. A Odair resta apenas garantir alguns cargos estratégicos e algum recurso para a manutenção da estrutura. E com o prestígio crescente de Odair Cunha no governo federal, cargos e recursos é o que não falta.
O deputado federal é leal a sua base petista direta, mas tem dificuldades de ampliar sua base para além das “fronteiras petistas”, e vai precisar disso se quiser manter os votos em Varginha, pois o PT não estará no poder em 2014. Ou seja, é bom Odair se preparar para incluir não petistas entre as lideranças a agraciar em Varginha. Pois “o mar não está pra peixe e há muito pescador atuando no aquário eleitoral de Varginha” e Odair terá de se esforçar ainda mais se quiser eleger também sua “pupila política” Geisa Teixeira como deputada estadual. Ou seja, vai ter que gastar ainda mais.
Mas ao final de tudo, para Odair Cunha, vai valer a pena investir forte em sua base: o Sul de Minas. Uma região onde tradicionalmente o PT não tem muitos votos. Vejam que a presidente Dilma Roussef não venceu as eleições em Varginha, Poços de Caldas e Pouso Alegre, muito embora Varginha e Pouso Alegre fossem administradas pelo PT e no próximo mandato Poços de Caldas também terá uma administração municipal petista. Desta forma, se Odair Cunha se consolidar como o grande deputado federal petista do eixo Varginha, Poços de Caldas e Pouso Alegre, nada no Sul de Minas será decidido pelo Governo Federal sem antes passar por Odair. E isso é muito poder, e um objetivo pensado pelo deputado federal petista. Vale dizer que Odair Cunha tem “vínculos especiais” com Varginha, pois se formou em Direito aqui. Varginha foi a primeira grande cidade onde Odair conseguiu muitos votos e fundamental para sua estratégia política, pois aqui possui amigos, uma base eficiente e leal. Além disso, Varginha é geograficamente estratégica para atuação em todo o Sul de Minas e próxima de sua terra natal: Boa Esperança.
 Diego Andrade (PSD/MG)
O deputado federal Diego Andrade (PSD) perdeu a chance de se consolidar politicamente em Varginha depois da derrota de Corujinha em Varginha. A situação se agravou com a derrota do seu candidato a prefeito em Três Pontas, outra importante cidade da base do deputado Diego. Vale destacar que o deputado não amargou estas derrotas sozinho, mas as dividiu também com seu tio e senador Clésio Andrade (PMDB), que em Varginha apoiou Corujinha para a reeleição. Na esteira do azar, o deputado Diego Andrade, em tese, também se distanciou de líderes importantes como Stéfano Gazola, além de peemedebistas e petebistas que tinham simpatia pelo parlamentar antes de o ver apoiando o PT, por sorte, nos bastidores o deputado federal Diego Andrade mantém um “acordo de cavalheiros” com o deputado Dilzon Melo para construir pontes de aproximação política com o novo governo municipal, que tem interesse nesta aproximação. Diego recomeça sua aproximação com o Executivo municipal, devagar para não “magoar o PT” e sem um grupo político consistente, formado basicamente por parentes. Diego quer formar um grupo político na região tendo Varginha como base. Ocorre que além de ainda não ter independência política do tio senador, Diego ainda não é muito afeto a “gastar com a formação e manutenção da base”. Não me refiro a comprar apoio, mas a gastar para construir e fortalecer sua base, formando líderes políticos como vereadores, prefeitos e vices entre seus aliados.
Diego Andrade tem força de vontade para trabalhar, mas ainda falta-lhe um grupo político profissional e maior identidade política com a cidade, o que deve mudar com o tempo. Mas o deputado deverá procurar ampliar logo os laços com o novo governo e com seus prováveis aliados partidários e outras legendas próximas. Vale ressaltar que embora Diego tenha demonstrado empenho em seus poucos anos de deputado, o parlamentar não divulgou o que fez ou faz chegar a sua base eleitoral todo seu empenho.
É muito provável que em pouco tempo, Diego Andrade e seu grupo, via Dilzon Melo, estejam “nos braços do novo governo” e que o deputado costure uma dobradinha com Dilzon para 2014. A intenção é “matar dois coelhos com uma paulada só”, pois a dobradinha com Diego/Dilzon enfraqueceria a entrada de Eros Biondini em Varginha e facilitaria a aproximação de Diego e seu grupo com o prefeito eleito. Além disso, o deputado federal do PSD sabe que precisa se fortalecer para enfrentar os deputados federais Dimas Fabiano (PP) e Odair Cunha (PT) que vão “jogar pesado em Varginha nas próximas eleições”. Na próxima coluna vamos falar do senador Clésio Andrade (PMDB) e do deputado federal, agora secretário de Estado Eros Biondini (PTB), bem como das negociações para a composição da mesa diretora do Legislativo no ano que vem. Na disputa pelo cargo de presidente da Câmara estão Leonardo Ciacci (PP), Serginho Japonês (PSD), Armando Fortunato (PSB) entre outros.
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Faots e Versões - 07-11-2012


NOVO TABULEIRO POLÍTICO DO BRASIL E SEUS REFLEXOS EM VARGINHA
Com a conclusão das eleições municipais, a presidente Dilma Rousseff, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e o senador Aécio Neves (PSDB-MG) despontam como os três principais personagens do tabuleiro político de 2014 na candidatura presidencial. Ao influenciar de forma decisiva a eleição do petista Fernando Haddad para a Prefeitura de São Paulo, o ex-presidente Lula se mantém como o principal negociador do PT, consolidando o projeto de reeleição da presidente Dilma. Ladeado por um PSDB que sai das urnas como o partido mais forte da oposição, elegendo nove prefeituras das 17 que disputou no segundo turno, Aécio Neves se afirma como pré-candidato tucano para 2014. Disputado por ambos os partidos (PT e PSDB), Eduardo Campos emerge das urnas no comando de um dos partidos de melhor desempenho este ano, com cinco vitórias nas 26 prefeituras.
Dilma Roussef não conseguiu a vitória de seu candidato Patrus Ananias para a Prefeitura de BH, diferente de Lula que elegeu seu pupilo em SP, mas ainda assim Dilma se credenciou diante do partido e também dos aliados, pela articulação realizada até aqui.
A legenda de Eduardo Campos conquistou vitórias de peso, inclusive contra o PT: em Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB) venceu Patrus Ananias (PT).
No Recife, Geraldo Júlio atropelou o petista Humberto Costa, candidato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O partido ganhou ainda em cinco das seis cidades em que disputava o segundo turno, elegendo os prefeitos de Porto Velho, Cuiabá, Fortaleza, Campinas (SP) e Duque de Caxias (RJ), e saltou da nona para a sexta posição entre os partidos no ranking de prefeitos eleitos, ao conquistar o comando de 442 municípios.
No tabuleiro das eleições de 2014 ainda temos o PMDB que fez o maior número de prefeitos, mas vem perdendo espaço para PSB e PSD, que estão de olho na vaga de vice de Dilma em 2014, vaga esta que o PMDB também quer.
Se o presidenciável Eduardo Campos (PSB) não for candidato a presidente nas próximas eleições, poderá brigar pela vice de Dilma ou de Aécio Neves. Se ficar com Aécio, o PSB poderá receber como “prêmio” o apoio do PSDB para que o prefeito reeleito de BH, Márcio Lacerda (PSB) dispute o Governo de Minas em 2014.
No caso do PSDB, a eleição de prefeitos em 702 cidades, sendo quatro capitais, fortalece os tucanos e reforça a imagem de Aécio como a aposta do partido para a corrida ao Palácio do Planalto nas próximas eleições. O senador trabalha por uma aliança com Eduardo Campos (PSB), que, se consolidada, teria o poder de unir a influência do governador pernambucano sobre o eleitorado nordestino ao trânsito do senador mineiro na Região Sudeste. Uma eventual aliança entre esses dois atores para 2014 teria ainda o efeito colateral de fortalecer o vice-presidente Michel Temer (PMDB), que chegou a ter ameaçada a presença em uma chapa presidencial de reeleição com Dilma, mas se confirma hoje na posição de principal interlocutor entre a presidente e o principal partido aliado.
Em Varginha os desdobramentos políticos nacionais terão impacto direto nas negociações locais, pois os principais candidatos a deputado federal e estadual que atuam na cidade, bem como os personagens principais da política local possuem vinculações com lideranças nacionais.

ANTÔNIO SILVA –Voltou ao poder depois de 12 anos, com a ajuda de antigos desafetos e com um bom programa de governo. Antônio Silva melhorou sua imagem junto à população e sai fortalecido das eleições por ocupar a prefeitura pela terceira vez. Será o centro das atenções e do poder na cidade. Tem a oportunidade de fechar sua biografia política com chave de ouro e fazer uma boa administração, tendo em vista que sabe gerenciar a máquina pública. A incógnita será seu relacionamento político. Ninguém sabe se o prefeito “dividirá o poder” com os demais do grande grupo político que ganhou as eleições municipais com ele. Além disso, ninguém sabe se Antônio Silva pretende “aposentar-se da vida pública” daqui 4 anos, apoiando outro do grupo para prefeito ou se tentará a reeleição. Seu comportamento político será medido daqui 2 anos, nas eleições de 2014, quando “espera-se” que o prefeito eleito apoie Dilzon Melo, Aécio Neves e outros tantos que o ajudaram a ganhar a prefeitura. Antes disso, Toninho tem muito trabalho pela frente para recolocar nos trilhos a prefeitura “desorganizada e cheia de pendências” que herdará dos petistas. Ainda não se sabe se Antônio Silva vai “perseguir desafetos políticos ou empenhar-se para comprovar eventuais malversações do dinheiro público realizadas pelas gestões anteriores”. Toninho ainda é a “esfinge que todos conheciam, mas que não se sabe mais como pensa, só o tempo dirá”.

EDUARDO CORUJINHA – O prefeito petista sai do Executivo cheio de “mágoas e tristezas pelas muitas traições e desgostos eleitorais” coisa típica da política, mas que Corujinha não esperava que existissem com tanta realidade. Eduardo Corujinha não pensará em política tão cedo, mas não deseja abandonar o barco definitivamente. Vai procurar os “amigos que restam no poder para tentar manter-se confortável e anônimo até que sua imagem política melhore”, e por certo vai melhorar, pois (infelizmente) a memória do povo é curta! Além disso, o PT ainda é um partido forte, tem realizações em Varginha e mantém força na região. Corujinha não espera ser atacado pelo governo que entra, mas sabe que será “chamado a responsabilidade por eventuais atos dos companheiros de poder”. Por hora o prefeito vai deixar a liderança política local para Geiza Teixeira e Rogério Bueno, mais calejados por derrotas e batalhas eleitorais, mas no momento certo, retornará a cena política para provar que “não foi tão ruim quanto dizem, e que seria melhor que os adversários, quando as cobranças eleitorais e sociais baterem as portas dos adversários do PT, principalmente de Antônio Silva e Dilzon Melo”. Provavelmente o veremos publicamente de novo nos palanques petistas de 2014, ou discretamente nas nomeações petistas para cargos de confiança com boa remuneração na região.

RENATO PAIVA – O empresário ficou descontente com o resultado final das eleições, que sabia seriam difíceis, mas ficou decepcionado com os acontecimentos finais da disputa. Ainda assim, Renato Paiva mostrou que tem potencial eleitoral, mas precisa continuar na liderança e destaque político na cidade, se quiser chegar a possuir mandato em 2014 ou 2016. O empresário precisa permanecer na perseverança eleitoral para consolidar-se como potente força política de Varginha. Renato perdeu as eleições como Corujinha, mas não tem a mesma avaliação popular do líder petista. Renato Paiva deve trabalhar internamente na reestruturação de seu grupo político, talvez até em uma legenda diferente do Democratas. Ampliar seu relacionamento junto aos vereadores eleitos de seu grupo, com o PP e seu deputado federal, bem como as lideranças da agricultura onde atua. Para o democrata a vitória nas urnas não será conquistada com quatro meses de campanha, mas sim com quatro anos de trabalho antecipado, alianças políticas e divulgação e preparação de sua imagem junto ao eleitorado. E este trabalho precisa começar agora, mas sem os vícios de continuísmo ou a participação de “figuras carimbadas e já reprovadas” pelo povo de Varginha. Se Renato Paiva é a renovação, precisa também renovar seu modo de fazer política e seu grupo próximo de trabalho. Nas eleições de 2014, certamente Renato Paiva estará presente, talvez não na “linha de frente”, mas nos bastidores do poder, plantando “sementes do sonho político que ainda não alcançou”.

GEISA TEIXEIRA - A ex-primeira dama não conseguiu sua sonhada vaga na Assembleia Legislativa de Minas como deputada, mas sua presença na campanha de Corujinha foi responsável em grande parte pelo segundo lugar do PT na disputa municipal. Geisa Teixeira ainda tem força política em Varginha. E agora com o afastamento de Corujinha será a nova “comandante da tropa petista e primeiro nome das disputas futuras da legenda”. Geisa tem carisma e boa imagem junto à população e continuará contando com o apoio irrestrito do deputado federal Odair Cunha (PT) para levantar a legenda na cidade. Geisa faz parte da Executiva do PT em Varginha e é vista com maior “liderança e legitimidade” na legenda. O partido cobrará de Geisa a presença nas eleições de 2014, mas para que a ex-primeira dama tenha melhores chances de eleger-se, precisará de construir relacionamentos políticos na cidade e região. A petista bem que gostaria de deixar a política de lado e viver sua vida junto aos filhos no Rio de Janeiro, mas a cobrança dos amigos e do partido aliada ao “desaforo” das provocações políticas dos adversários, deve levar Geisa a ser a aposta petista em 2014. E a candidata estará ancorada em substancial apoio político e financeiro do PT estadual e nacional (via Odair Cunha), e dos muitos “órfãos políticos e de cargos” que restarão na cidade depois de primeiro de janeiro de 2013. Além disso, a imagem do saudoso Mauro Teixeira será sempre que possível relembrada pelos petistas locais, para manter acesas as chances de Geisa Teixeira levar o PT novamente ao poder. Em razão do carisma de Geisa e do saudoso Mauro Teixeira junto à população, é possível dizer que o povo vê e analisa de forma diferente o PT, Corujinha e a ex-primeira Dama. Que embora sejam o mesmo grupo político, são vistos de formas separadas por grande parte da população. Na cabeça de muita gente é como se “tudo de ruim que houvesse nos 12 anos de PT, tivesse sido (covardemente) cobrado só de Corujinha nestas eleições, e o saudoso Mauro Teixeira e sua primeira dama, ficassem com a marca do que o PT fez de bom”.

VERDI MELO – O atual presidente da Câmara e futuro vice-prefeito eleito agora tem seu destino político ligado ao prefeito Antônio Silva. Se o futuro prefeito “dividir o poder” com Verdi, forem verdadeiramente bons amigos, (independente das brigas do passado) o vice terá um construtivo futuro político. Se Verdi tiver condições de trabalhar junto com o prefeito e realizar um bom governo, e Verdi contar com o apoio de Antônio Silva para sucedê-lo para as eleições de 2016, o vice pode chegar logo ao comando do Executivo, hoje seu maior sonho! Mas as dúvidas e percalços no caminho de Verdi são muitos. Primeiro o vice precisa cuidar para que o governo de Antônio Silva seja bom, e que o prefeito o de condições de “fazer política com independência e poder de atuação”. Depois Verdi precisa garantir o comando e independência do seu PSDB em Varginha, que ainda não tem quem “o proteja das ingerências superiores em favor do deputado estadual Dilzon Melo”. Em seguida Verdi precisa construir um grande grupo político que não bata de frente com o prefeito, com Dilzon Melo e que atenda seus aliados mais próximos. A missão é difícil! Verdi Melo é competente, ganhou força política com sua eleição. O vice deve ser o “negociador político” do governo com o Legislativo municipal, que conhece bem. Em relação as negociações do governo municipal com o Executivo estadual tucano, o deputado estadual Dilzon Melo será o intermediador, embora Verdi seja o tucano da composição. Mas Verdi precisa se fortalecer junto aos tucanos estaduais prevendo sobrepor ao poder de Dilzon junto ao governo estadual nas questões afetas ao município. Afinal, a fidelidade e filiação partidária do vice precisam valer para valorizar o vice em futuras negociações políticas. Verdi Melo e Antônio Silva ainda são colegas, não amigos, ambos possuem gênios independentes, aceitam ser parceiros, não vassalos! Sabem que precisam um do outro para fazer frente aos “possíveis desejos autoritários do deputado Dilzon Melo” e para realizar um bom governo. Mas em caso de briga entre prefeito e vice, de imediato, perde o vice, que como sabemos foi colocado pelo prefeito eleito, “apenas substitui o prefeito em suas faltas”.
Na semana que vem a coluna continua sua análise, falando do deputado estadual Dilzon Melo, deputados federais Dimas Fabiano, Diego Andrade, Odair Cunha e do senador Clésio Andrade.
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Fatos e Versões - 02 A 05-11-2012


Meu quadrado
No começo desta semana o Governo do Estado entregou à Polícia Militar 90 viaturas, armamento e equipamentos para as unidades de policiamento rodoviário em 64 municípios, dando início ao projeto Cinturão Rodoviário em Minas. O investimento foi de R$ 10 milhões para a compra dos carros e equipamentos como bafômetros, notebooks, câmeras digitais e microcomputadores. Nada de novo até ai. Pois é dever do Estado investir em Segurança Pública. Ocorre que a escolha de qual das cidades e regiões que seriam agraciadas foi motivo de brigas na base aliada do governo, pois os deputados não estão tendo muito recurso para apoiar as bases eleitorais, muitos perderam eleições e aliados pelo interior. Na disputa para agraciar suas bases, o Deputado Federal Dimas Fabiano (PP/MG) conseguiu uma nova viatura policial para a cidade de Caxambu e mais duas para a cidade de Itajubá. Varginha já foi agraciada no lote anterior de distribuição de veículos, porém o “bônus eleitoral” da entrega foi dividido por diversas autoridades, entre elas, o deputado estadual Dilzon Melo (PTB/MG).
 Dono da bola
Passadas as eleições, a “bola do poder” que estava com o povo, é passada agora aos políticos, principalmente aos que controlam legendas partidárias e grandes grupos políticos. Na cidade, muitos que possuem poder em sua legenda preparam a “mexida partidária” para permanecer ou tomar o poder. Quem perdeu a eleição terá maior dificuldade, mas o certo é que muita articulação de bastidores já contamina diversas autoridades para as convenções partidárias que acontecem neste final de ano e no início de 2013. Essa é a primeira articulação partidária focando diretamente as eleições de 2014. E vejam que acabamos de sair de uma eleição, mas na cabeça de quem tem ou teve o poder, toda hora é hora de fazer política.
Quem tiver o controle sobre as máquinas partidárias em 2014, já se garante como participante do “jogo político” das eleições de 2014. Varginha terá muitas “mexidas partidárias” e muita briga de bastidores é esperada para o início do ano que vem.
 Grande, sem líder e sugado?
De acordo com o cientista político Rudá Ricci, o PMDB sai em desvantagem em relação ao PT por não ter um representante de expressão nacional, tendo que ceder em alguns acordos políticos para se manter no poder.
"Para manter a força nacional, o partido precisa manter alianças nos grandes centros. Quase sempre é forçado a uma aliança ou outra. É uma espécie de arapuca eleitoral", analisa o cientista político, citando o caso do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), que participa das negociações das alianças em importantes cidades do país, como aconteceu em Belo Horizonte e em São Paulo.
"O PMDB precisa encostar em um partido com liderança nacional para fazer valer sua força", entende Rudá Ricci. A popularização do PT nos últimos anos também é apontada pelo analista como motivo pela falta de sucesso peemedebista. "O PT está sugando o eleitorado do PMDB, que é considerado o partido mais popular do país".
 Medidas excessivas e tardias
A Coluna Fatos e Versões matem boa convivência com diversos outros órgãos de comunicação, como rádios, jornais etc. E acompanha o trabalho de diversos outros atores da cena política da cidade. Nesta semana, a coluna leu e refletiu, sobre a análise política realizada pelo jornalista Marcos Madeira, da Rádio Vanguarda e Blog do Madeira, sobre a gestão petista de Eduardo Corujinha e as recentes medidas tomadas por sua gestão. A coluna concorda e aprova a análise e reproduz abaixo na íntegra o texto do “colega de caneta” Marcos Madeira.
“O prefeito Eduardo Corujinha tem tomado uma série de medidas de contenção de despesas. Algumas têm parâmetro correto, dentro da administração pública, como o corte de horas-extras e viagens desnecessárias. Contudo, o prefeito tem excedido em adotar medidas que avançam sobre o direito dos servidores e da população, como o corte do ticket e do vale-transporte. Não sou contra corte de verbas para manter os serviços a contento. Mas esses cortes chegam ao ponto de prejudicar os próprios serviços essenciais à população, o que causou indignação de servidores e contribuintes.
Exemplos são a falta de médicos na UPA, demissões dos atendentes das policlínicas, fechamento do restaurante popular, falta de remédios e exames fornecidos à população. No que tange aos servidores, há notícias de que os adicionais de insalubridade, periculosidade e penosidade foram cortados, sem a verificação prévia sobre direito ou não ao adicional
A própria forma com que a prefeitura apresentou à câmara o projeto que muda a jornada de trabalho dos servidores (e seus salários) é questionável. Juristas do Direito Administrativo ressaltaram que a administração pode rever seus atos administrativos, mas no caso dos adicionais (periculosidade, insalubridade e penosidade) entendem eles que seria necessária a prévia perícia. O corte, sem direito de defesa do servidor, pode constituir uma afronta aos princípios jurídicos da ampla defesa trazidos na Constituição Federal.
Os trabalhadores da Área Azul também terão redução no salário e jornada. Em tese, não há vedação na lei para essa medida. Mas ela causa um verdadeiro estrago na vida daqueles que contavam com o trabalho e salário, sem falar nos reflexos no comércio local, com a queda da injeção de recursos. A própria presença dos funcionários da Área Azul já traz uma certa ordem ao sistema de estacionamento rotativo.
Medidas que ainda estão assustando a população referem-se a possíveis cortes no volume da merenda escolar.
Não se sabe se esse rol de medidas foi tomado tecnicamente, para cortar despesas. Não dá para identificar se foram ações exclusivas do prefeito Corujinha ou se por imposição da cúpula do Partido dos Trabalhadores.
O que fica é a impressão de que se foi uma medida político-partidária, o objetivo seria “aniquilar” de vez a carreira política do atual prefeito. Talvez já vislumbrando o retorno de Geisa Teixeira nas próximas disputas eleitorais.
Uma coisa é certa: se parte dessas medidas tivessem sido tomadas por Corujinha quando ele assumiu a prefeitura, certamente Eduardo Carvalho estaria, hoje, na condição de prefeito reeleito de Varginha”.
 FRASES
“Eu diria que a Copasa será uma prioridade na nossa gestão, de mantê-la, porque garantidamente nós temos um bom serviço”. - Prefeito eleito sobre a Copasa, indica que estatal terá renovado seu contrato e vai continuar prestando serviço na cidade.
“Sugiro que se faça uma reunião imediata entre todos os membros da coligação PRTB, PMDB e PDT, para analisarmos a campanha e definirmos nosso futuro político, pois há espaço para todos” - Vereador eleito, sobre as articulações pós-eleitorais em Varginha.
 “Existe resistência do novo governo ao nome do Leonardo Ciacci, existe pressão para ser um nome da base do prefeito, talvez o Serginho Japonês!” Vereador eleito sobre as movimentações para a escolha do novo presidente da Câmara.
 “Os nomes são diferentes, pois não são petistas, mas não são novos! Os escolhidos são figuras conhecidas do povo, que já ganharam muito dinheiro no passado e por isso foram expurgados do poder há 12 anos” – Observador político sobre a expectativa quanto ao novo primeiro escalão do governo municipal do PTB.
 Eleitor busca renovação?
Muitos especialistas em eleições dizem que o eleitor de modo geral buscou a renovação política no Brasil nestas eleições. Ainda mais depois da eleição de Fernando Haddad como prefeito de SP, pois o eleito nunca disputou eleição e ganhou de primeira na maior cidade do Brasil. Outro indicador contribui para identificar o movimento de renovação apontado pelos especialistas. Após o resultado em primeiro turno, a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) constatou no estudo de acompanhamento que a entidade faz nas disputas eleitorais que o índice de reeleição de prefeitos foi o mais baixo desde 2000, quando a legislação permitiu aos gestores o direito de concorrer a mais um mandato.
O resultado surpreendeu dirigentes da própria entidade que acreditavam na reeleição de 66% do total dos candidatos. Nesta eleição, 74,8% dos 3.659 prefeitos com direito a concorrer à reeleição, entraram na disputa. No entanto, dos 2.736 candidatos à reeleição, 1.505, ou 55%, saíram vitoriosos das urnas. O levantamento da CNM mostra ainda que, em 2008, 65,9% dos prefeitos que tentaram o segundo mandato foram reeleitos. Em 2004 e em 2000, esse número foi o mesmo: 58,2%.
Mas toda regra tem sua exceção, e Varginha parece ter sido assim. Pois se o povo buscava renovação, o que explicaria a não reeleição de Eduardo Corujinha (PT), o eleitorado contrariou o movimento renovador do restante do Brasil, elegendo um político já bem conhecido do eleitorado: Antônio Silva, que não tem nada de renovador, pois já foi prefeito por dois mandatos no Executivo municipal de onde saiu há 12 anos. Quem pode explicar a cabeça do eleitor?
 Abstenções preocupantes, números chocantes
A abstenção nas eleições municipais foi a segunda maior na história dos segundos turnos do Brasil. Ao todo, 19,11% dos eleitores não compareceram às urnas. O número só é menor do que nas eleições de 1996, a primeira totalmente informatizada no Brasil, quando o índice chegou a 19,4%. O segundo turno começou a valer em 1992. O número também é maior do que no primeiro turno de 2012, quando 16,4% dos eleitores não foram votar. Em 2008, o índice de abstenção foi de 18% no segundo turno e de 14,5% na primeira fase do pleito. A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, disse que se “preocupa” com o índice alto de abstenção e que a Justiça Eleitoral e especialistas deverão analisar meios mais “eficazes” de convidar o eleitor a votar.
Em Varginha, que possui cerca de 130 mil habitantes, e 93.447 mil eleitores apenas 79.689 eleitores (85,28%) compareceram em uma das 263 seções eleitorais para votar. Ou seja, tivemos 14,72% de abstenção, um número grande, pois 13.758 eleitores não foram votar. Só para se ter uma ideia, o vereador eleito mais votado em Varginha, Pé de Chumbo, obteve 2863 votos!
Para agravar ainda mais a situação, dos 79.689 eleitores que compareceram as urnas, 2.273 votaram em branco, o que representa 2,85% do eleitorado. E mais 4.122 eleitores votaram nulo, o que representa 5,17% do eleitorado. Dos 73.294 votos válidos de Varginha, o prefeito eleito obteve 31.657 votos. Ganhou porque obteve mais votos que seus adversários, mas não obteve a maioria, pois Varginha possui 93.447 eleitores, onde muitos deles não foram votar, votaram em branco ou nulo, mas com certeza não vão deixar de criticar e oferecer demandas ao novo governo. Quem é mais responsável por estes números “antidemocráticos”, onde cerca de 32 mil decidem o futuro de uma cidade com 130 mil habitantes? O sistema, o eleitor que não votou, anulou ou votou em branco, quem terá a responsabilidade pela distorção?  

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